A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) lançou um apelo de emergência de cerca de 8 milhões de euros [8.000.000 CHF] para aumentar a assistência humanitária às comunidades afetadas pelas devastadoras inundações no Rio Grande do Sul, Brasil.
Estas inundações, sem precedentes, afetaram dois milhões de pessoas nas zonas rurais e urbanas, enquanto o número de pessoas deslocadas ultrapassou os 620 mil, com mais de 81 mil alojados em escolas, ginásios e outros abrigos temporários. Estes números podem aumentar, tendo em conta que os danos ainda estão a ser avaliados em algumas áreas remotas ou isoladas. O Estado está novamente em alerta, com o risco das águas subirem para níveis recordes na capital, em Porto Alegre.
Através deste apelo de emergência, a rede global da FICV apoiará, durante os próximos 12 meses, 25 mil pessoas que perderam as suas casas e necessitam urgentemente de assistência, especialmente famílias monoparentais com crianças com idades inferiores a cinco anos, idosos e pessoas com deficiência.
Desde o início das chuvas, as equipas da Cruz Vermelha Brasileira têm trabalhado, 24 horas por dia, para manter as pessoas seguras. Os voluntários da Cruz Vermelha têm prestado primeiros socorros, cuidados de saúde e apoio psicológico à população afetada. Nos abrigos, realizam iniciativas de promoção da higiene e ajudam as pessoas a entrar em contacto com os seus entes queridos através do Programa de Restabelecimento de Laços Familiares.
A Cruz Vermelha Brasileira também ativou centros de colheita e enviou toneladas de bens de emergência para as áreas afetadas. Os voluntários ajudam a distribuir estes bens essenciais e trabalham com as autoridades locais para avaliar as necessidades e os danos em 160 comunidades. Com o apoio da FICV, intensificarão a sua resposta, através da promoção da saúde e da higiene, do apoio psicossocial e do acesso a água potável.
Só em Porto Alegre, mais de 80% dos moradores não têm água canalizada. Cinco das seis estações de tratamento de água da cidade não estão a funcionar e as autoridades locais decretaram que a água seja usada exclusivamente para consumo essencial.
“No imediato, vamos concentrar-nos no cuidado da saúde física e mental das pessoas mais vulneráveis, garantindo-lhes o acesso à água – incluindo informação e meios para realizar a desinfeção doméstica da água e distribuindo artigos de limpeza e higiene, cobertores, lâmpadas solares e aconselhamento sobre prevenção de doenças”, disse Daniel Bolanos, chefe da Delegação do Cone Sul da FICV.
À medida que a resposta inicial avança, os especialistas da FICV para Resposta a Desastres, que já se encontram na área afetada, estão a preparar o terreno para ampliar a resposta. “A recuperação das cheias levará, pelo menos, um ano e a Cruz Vermelha está pronta para coordenar com as próprias comunidades afetadas sobre o que precisa de ser priorizado e como lidar com isso ao longo do tempo”, acrescentou Bolanos.
FAÇA AQUI O SEU DONATIVO
Imprensa:
Para mais informações ou para marcar uma entrevista: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
No Panamá: Susana Arroyo Barrantes +50769993199
Em Genebra: Tommaso Della Longa +41 797084367 / Andrew Thomas +41 763676587